Viagens

Catapultada da esfera celeste em constante observação de cores, espectros, turbilhões cósmicos e buracos negros por um universo em expansão, longe de ondas hertzianas que provocam downloads de informação em mentes despertas para o mundo através de tecnologias exacerbadas. Longe de esferas tubulares cujo tráfego de partículas transporta para dimensões de necessidade as vulgaridades do universo. Programada para sair à direita após a passagem por aquilo que é apenas mais uma supernova e voltar à realidade de um sonho onde praias de missangas cintilam com o brilho dos três sóis e lembram lugares com os quais sonham muitos dos comuns mortais que pairam num universo paralelo a este, no qual o tempo passa em ritmos condicionados pelo exterior, tão semelhante a este e tão distante das utopias com nexo que se praticam neste lado. Talvez numa nova viagem encontre a solução para fazer parte de uma dimensão parcial de vida que possa ser encarada como necessária. Através da catapulta que me coloca em órbita exterior à da esfera celeste, em constante observação de cores, espectros, turbilhões cósmicos e buracos negros.